Duas riobonitenses em
Portugal. Esse fato aconteceu recentemente, quando Jéssica Carvalho, 21 anos, e
Sânzia Rodrigues, 24 anos, aproveitaram a chance de fazer um intercâmbio.
Jéssica, filha de Antônio Carlos e Célia Maria, estuda Farmácia, e Sânzia,
filha de Laert e Ivana, estuda Serviço Social, ambas na Universidade Federal
Fluminense (UFF). Para elas a iniciativa era um sonho. “Passamos por uma seleção de
alunos da UFF para conseguirmos uma bolsa de estudos. Ficamos muito apreensivas
durante as etapas, afinal, era um sonho que estava bem perto de ser realizado e
isso mexe bastante com a gente. O resultado final saiu quase às vésperas de
quando deveríamos partir. Foram meses bem tensos, mas, no final, tudo deu certo
e a alegria é indescritível! Fomos para Lisboa no dia 11 de setembro de 2012...
Uma data bem marcante!”, exclama Sânzia, sorrindo.
Estar distante da
família por seis meses não foi fácil e Sânzia atesta isso. “Achei o início mais
difícil. A adaptação ao um novo lugar, a um novo clima, novas pessoas, mas
depois, apesar da saudade aumentar, você vai se acostumando, criando vínculos,
uma rotina e começa a se sentir em casa. É uma mistura de alegria e curiosidade
com apreensão em relação ao que está por vir. O momento mais difícil foi passar
o Natal longe da família”, confessa.
LÍNGUA
NATIVA
Como funciona o curso
em Portugal e se houve alguma dificuldade em lidar com a Língua nativa, Sânzia
diz que, em seu caso, o curso foi bem diferente: o Serviço Social trabalha
conforme a realidade de cada país. “Conversando com muitos intercambistas (que
lá são chamados de ‘Erasmus’) podemos perceber que a maioria sentiu diferença
nos conteúdos, como eles são trabalhados, na relação professor-aluno ou até
mesmo entre os estudantes. Não que seja melhor ou pior, é da maneira deles. Voltamos
com a certeza de que ainda temos um bom ensino público no nosso país. O
português de Portugal é um pouco diferente, mas conseguimos entender bem”,
conta.
Sobre o contato com
os estrangeiros, Jéssica declara que os portugueses, em sua maioria, não são
muito comunicativos. “Na faculdade, de início, senti dificuldade para fazer
amigos, mas, com o decorrer do semestre, pude conhecer pessoas adoráveis que
estavam sempre dispostas a me ajudar. Percebi que os idosos são mais simpáticos
e falantes que os mais jovens”, relata.
LEMBRANÇAS
Distante das famílias
e dos amigos restou a saudade. “Lembrei muito dos meus amigos daqui, dos nossos
encontros de fim de semana. Senti muita falta disso”, revela Jéssica.
Com a experiência que
obtiveram, o futuro segue novos caminhos. “Com certeza o crescimento pessoal
vale muito a pena e isso também fortalece o lado profissional no que diz respeito
a uma maior segurança e no ‘olhar’, que fica bem mais amplo. Isso é que levamos
para o nosso futuro.”, diz Sânzia.
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