Por Daniel Romano
O Conselheiro do Crime é um filme de intenso mistério e conta com um elenco de primeira linha da indústria cinematográfica. Achei o texto um pouco fraco, com cenas longas e frases desnecessárias. Os inúmeros falatórios sobre o nada fazem o público perder um pouco a atenção do foco, que é o trio traficante de drogas (Michael Fassbender, Javier Bardem e Brad Pitt). A personagem de Penélope Cruz é a única mocinha da história, já Cameron Diaz está mais luxuosa do que nunca, com suas onças inseparáveis em um glamour bonito de ver, com imensas mansões e muito champanhe.
Infelizmente, a trama peca um pouco na construção da estrutura narrativa do filme. Não há muita clareza nos diálogos, mas isso não é de fato tão ruim. O ritmo se recupera quando tudo começa a dar errado para os personagens. É quando a gente começa a entender bem os esquemas ilegais e tudo vai ficando bem mais atrativo. É um suspense com um pouco de romance e uma pitada de erotismo, que surge logo na primeira cena. Não é um grande mistério saber quem é o vilão-chefe da máfia (ou vilã, não vou contar), mas é interessante o desenrolar das mortes. Paro por aqui pra não virar spoiler. Parto do princípio que quem está lendo o meu texto ainda não assistiu o filme.
Resumindo: a trama escancara o lado obscuro do crime e deixa claro que qualquer ricaço que entra nos esquemas ilegais de tráfico de drogas pode cair do mundo de mansões, drinques e diamantes para um muquifo qualquer com fezes até a tampa. O Conselheiro do Crime não segue os padrões comuns dos filmes de suspense de Hollywood e tem recebido muitas críticas negativas por isso. Concordo que o diálogo dos personagens é um ponto negativo, mas a história é interessante e o casal protagonista ganha empatia do público. Não é toda hora que temos Michael Fassbender, Penélope Cruz, Cameron Diaz, Javier Bardem e Brad Pitt invadindo juntos as nossas telonas. Portanto, apesar dos pesares, eu recomendo.
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