Artista faz show de
lançamento de Cd e DVD em comemoração aos 20 anos de carreira solo
Após estrear
a turnê do novo show "Muito Pouco Para Todos" no Rio de Janeiro, o
cantor e compositor Paulinho Moska chega em São Paulo para lançar seu novo show
em comemoração aos 20 anos de carreira solo, na terça, dia 11 de fevereiro. Moska
será acompanhado de sua banda, um power trio, formado pelos músicos Rodrigo
Nogueira (guitarras), João Vianna (bateria) e Alexandre Catatau (baixo). No
repertório as músicas do cd e dvd, além de sucessos alguns sucessos que todos
querem ouvir.
PAULINHO MOSKA
Quando era criança,
Paulinho Moska gostava de colecionar coisas. Coisas de todos os tipos.
Tampinhas de garrafa, selos, conchas, latinhas de refrigerante, quadrinhos. Não
estacionava o interesse em um tema único. Queria experimentar tudo o que lhe
parecesse suficientemente bonito, estranho, divertido, instigante. Figurinhas,
discos, pedras, fotografias, chaves. E assim o menino montou, tijolo por
tijolo, o mundo em que pretendia viver: costurando informações das áreas mais
variadas, colando fragmentos de sons e pedaços de imagens de todos os tipos e
origens.
Esse caleidoscópio
de vontades, perspectivas e possibilidades ainda guia o homem Paulinho Moska –
ou simplesmente Moska, como ele assina nos últimos tempos. Também construiu sua
carreira artística, sua discografia, canções inspiradas e se reflete, desde o
título, em “Muito Pouco Para Todos”, pacote de CD e DVD gravados ao vivo que
ele lança agora por seu selo Casulo, com distribuição da Sony Music.
São 20 anos de
carreira solo, e a data redonda até justificaria um trabalho retrospectivo. Mas
a ideia aqui não era rever nada. Ao contrário. Moska aproveitou um show no
Auditório Ibirapuera, em São Paulo, para ir adiante com as canções. Criou, no
palco, um filme-colagem. Uma série (coleção?) de videoclipes cuja amarração
dramática é feita pelos versos e climas das próprias canções.
O Amor, em seus
vários estados, é o cerne do roteiro. E a maior parte dos capítulos dessa
história amorosa vem justamente do álbum duplo “Muito Pouco”, trabalho mais
recente de Moska em estúdio, lançado em 2010. Mas canções de outros tempos
foram pinçadas para ajudar na construção da trama: clássicos como “O Último
Dia” (1995), “A Seta e o Alvo” (1997), “Um Móbile no Furacão” (1999), “Tudo
Novo de Novo” e “Pensando em Você” (2003).
Tanto as novas
quanto as mais antigas, cada música ganhou, no vídeo, um elemento que amplia
seus significados. Um objeto de cena, uma coreografia, um efeito de câmera ou
qualquer toque visual que a tira do estado puro de canção. E a coloca no palco
também como texto, como imagem, como cinema.
Assim, o roteiro
parte do começo da vida (e do amor). Primeira canção do show, “Semicoisas” usa
a imagem de um ultrassom. Não qualquer ultrassom, mas o de Valentim, filho mais
novo de Moska. Em seguida, “O Tom do Amor” mostra os primeiros desenhos do
filho mais velho, Antonio. A narrativa segue até “O Último Dia”, e, a essa
altura, já está claro que ela não é só um retrato da vida do artista, mas
também da de quem assiste. É como música de novela, que começa embalando a
história de um personagem, mas, no correr da trama, ganha vida e vira a música
de todo mundo.
Moska já emplacou
13 temas em trilhas da TV Globo – 11 deles, em sua própria voz. São músicas que
se tornaram bem populares em novelas e minisséries, como “O Último Dia” (“O Fim
do Mundo)”, “A Seta e o Alvo” (“Zazá”), “Pensando em Você" (“Agora É que
São Elas”) e “Tudo Novo de Novo” (tema de abertura da minissérie homônima).
Também se tornou um
compositor muito requisitado por outras vozes. A primeira foi Marina Lima, que,
em 1995, abriu o álbum “Abrigo” com “Admito que Perdi”. Depois, vieram inúmeras
outras gravações, por artistas como Maria Bethania (“Saudade”), Elba Ramalho
(“Relampiano”), Ney Matogrosso (“O Último Dia” e “Gotas do Tempo Puro”), Maria
Rita (“Muito Pouco”), Mart’nália (“Soneto do Teu Corpo”, “Sem Dizer Adeus” e
“Namora Comigo”), Lenine (“Relampiano” e “Saudade”), Francis Hime (“Há
Controvérsias”) e Zélia Duncan (“Carne e Osso”, “Não” e “Sinto Encanto”), entre
tantas.
Foi no álbum “Tudo
Novo de Novo” (2003) que Moska deu partida numa relação, hoje muito íntima, com
artistas da América do Sul. Ali está gravada “A Idade do Céu”, versão sua para
um tema do uruguaio Jorge Drexler que depois faria sucesso também nas vozes de
Simone e Zélia Duncan. Drexler veio ao Brasil participar do show de lançamento
desse disco, no Canecão. E, em resposta, convidou Moska para uma série de
apresentações no Uruguai e na Argentina.
Um dos primeiros
músicos que conheceu nesse contexto foi o argentino Kevin Johansen, que
participa de “Muito Pouco Para Todos”. No DVD, eles repetem ao vivo o dueto
feito em estúdio na canção “Waiting for the Sun to Shine”. E refazem “A Idade
do Céu”, que acabou por se tornar a canção-símbolo da relação de Moska com os hermanos.
Em nome dessa
relação, aliás, Moska já organizou e dirigiu dois festivais de música: o
Mercosul Musical, em 2008, e o Soy Loco Por Ti America, em 2011. A filosofia
era juntar, em duos, artistas brasileiros (como Arnaldo Antunes, Paula Toller e
Vitor Ramil) com sul-americanos (como Drexler, Johansen e Pedro Aznar). Seu
trabalho era intuir afinidades e fazer as pontes entre um nome daqui e outro de
lá. Mais um ofício para a sua coleção.As primeiras gravações profissionais de
Moska aconteceram no álbum de estreia do grupo vocal Garganta Profunda, “A
Orquestra de Vozes” (1986). Nesse mesmo período, ao lado de outros integrantes
do Garganta, planejou aquela que seria sua maior experiência pop nos anos 1980:
os Inimigos do Rei. Com a banda, lançou dois discos, emplacou nacionalmente os
hits “Uma Barata Chamada Kafka” e “Adelaide” e correu país por dois anos.
Pouco antes do
Garganta, Moska foi estudar teatro. Assim que completou o curso da CAL (Casa
das Artes de Laranjeiras), em 1984, passou a atuar em peças e no cinema. Desde
então, participou de filmes como “A Cor do seu Destino” (1986), de Jorge Duran,
“Um Trem para as Estrelas” (1988), de Cacá Diegues, “O Mistério no Colégio
Brasil” (1988), de José Frazão, “Kuarup” (1989), de Ruy Guerra, e “O Homem do Ano”
(2003), de José Henrique Fonseca.
Em novembro, volta
às telas em um de seus papéis mais intrigantes: um cavalo. Personagem do longa
“Minutos Atrás”, escrito e dirigido pelo cineasta Caio Sóh, Ruminante nunca sai
de cena. Pontua com música toda a ação. O elenco se completa com os atores
Vladimir Brichta e Otávio Muller e a trilha sonora foi composta especialmente
por Moska e André Abujamra.
Já na oitava
temporada, o programa “Zoombido”, no Canal Brasil, é outro campo para a atuação
desse artista – tanto como apresentador quanto como músico. Nesses oito anos,
ele já levou à sala de espelhos que lhe serve de cenário nada menos do que 210
compositores. Nomes de todas as gerações e estilos. Além de entrevistar (suas
perguntas nunca aparecem, mas o espectador logo saca o que foi perguntado),
Moska faz um dueto com todos eles, cantando e tocando violão.
Bem, são 210
canções alheias – de entidades como Milton Nascimento a novidades como Helio
Flanders – escolhidas, ensaiadas e executadas com os próprios autores. Um
acervo que se revela cada vez mais relevante. Outra coleção e tanto, que só
acrescenta mais peças à construção da história, da carreira e do estilo de
Moska.
Desdobramento de
“Zoombido”, os retratos que ele faz dos convidados do programa – estilosamente
distorcidos através de um tijolo de vidro – geraram uma exposição fotográfica.
Moska já tinha passado por essa experiência com os autorretratos que geraram a
capa e a arte gráfica do álbum “Tudo Novo de Novo”, também distorcidos em
reflexos de objetos espelhados nos banheiros de hotéis.
São vários os
caminhos que nos levam a Paulinho Moska. Mas nenhum, sozinho, chega
completamente até ele. É, de novo, a história das coleções. Do artista que, por
selecionar tantos elementos para si em universos alheios, acaba criando um
mundo absolutamente seu, pessoal e intransferível. Que cresceu aos
pouquinhos, foto por foto, filme por filme, álbum por álbum, canção por canção
– não pelo estardalhaço de um único hit.
Moska - Lançamento do CD e DVD "Muito Pouco Para Todos"
Local: Bourbon Street Music Club - Rua Dos Chanés, 127 – Moema – SP
Data : 11/02/2014 – terça-feira
Horário: 21H30
Abertura da casa: 20h
Duração: 90 min. aproximadamente
Couvert Artistico: R$ 75
Censura: 18 anos e 16 anos acompanhado de responsável
Capacidade: 400 pessoas
Horário de Funcionamento da Bilheteria: De 2ª a 6ª das 9h às 20h l
sábado e feriado das 14h às 20h
Fone para reserva: (11) 5095-6100 (Seg. a sexta) das 10h às 18h
Venda também pela Ingresso Rápido - (11) 4003-1212 l www.ingressorapido.com.br
Estacionamento/Valet: R$
20
Aceita todos os cartões de débito e crédito.
Acesso para deficientes.
Ar condicionado.
Wi-fi – solicitar senha na casa
Homepage: http://www.bourbonstreet.com.br/
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